As pessoas veem a negociação tanto como uma ciência quanto como uma arte; e, de fato, ela é ambas. Existe uma lógica pura em cada negociação, mas há também arte, pois negociamos com pessoas. O resultado disso é uma necessidade de realmente entender a comunicação humana e suas sutilezas, envolvidas nas mensagens não verbais, no linguajar dúbio, no instinto e na intuição, a fim de penetrar na mente da outra parte.

Entretanto, e se a ciência e a arte da negociação forem forçadas a ocorrer no mundo virtual, onde os recursos de comunicação são extremamente reduzidos, por vezes, ao zero? O que ocorre quando muitas normas de negociação não mais se aplicam? E como negociamos virtualmente quando as pistas de comunicação são minimizadas? As negociações virtuais não são nem melhores nem piores; são simplesmente diferentes, e uma vez tendo compreendido a ciência por trás do motivo pelo qual são diferentes, podemos ajustar nossa abordagem e nos destacar adequadamente na arte da negociação virtual.

A COVID-19 e o distanciamento social tornaram imperativa a necessidade de negociar remotamente; a realização de negociações presenciais se tornou algo difícil ou até impossível no curto prazo. Este artigo explora a ciência e a arte das negociações virtuais e o que você, como negociador, deve considerar ao se envolver em comunicações sem os benefícios de estar em uma mesa de negociações.